sexta-feira, 20 de maio de 2011

Aviação de Patrulha reúne esquadrões de todo o Brasil

Há 69 anos, no dia 22 de maio de 1942, uma aeronave "B-25 Mitchel" partia do aeródromo do Recife para realizar a cobertura de navios mercantes brasileiros. Na missão, os então capitães aviadores Afonso Celso Parreiras Horta e Oswaldo Pamplona detectaram, localizaram e atacaram o submarino inimigo "Barbarigo". A data tornou-se o ícone da virada na batalha no Atlântico Sul na Segunda Guerra Mundial e passaria a ser comemorada como o Dia da Aviação de Patrulha. Para homenagear essa trajetória de quase sete décadas defendendo o litoral brasileiro, a Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, promove, entre os dias 19 e 22 de maio, a XXVIII Reunião da Aviação de Patrulha.
Estão programadas várias atividades, entre elas palestras com os quatro esquadrões de patrulha da Força Aérea Brasileira (FAB). No domingo (22), uma solenidade militar com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, encerra o encontro dos ”sentinelas do mar”. 
Histórico
A primeira Unidade Aérea de Patrulha que se tem registro no Brasil foi a Primeira Flotilha de Bombardeio e Patrulha, criada na Aviação Naval em 1931. O Sétimo Grupo de Aviação tem suas origens nos Grupos de Patrulha (GP), implantados em fevereiro de 1942, quase um ano após a criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, esta pela absorção da Aviação Naval e da Aviação do Exército. Durante a Segunda Guerra Mundial, devido aos ataques de submarinos alemães e italianos contra navios mercantes brasileiros, a FAB começou a empreender missões de patrulha empregando todos os meios aéreos disponíveis na época.
Ao término da Segunda Guerra Mundial, a FAB possuía uma Aviação de Patrulha de mesmo nível operacional e com aviões idênticos aos empregados pela Aviação Naval da Marinha Americana.
Seguindo a nova organização da Força Aérea Brasileira, no dia 24 de março de 1947 foi criado o Sétimo Grupo de Aviação (7º GAv), sediado em Salvador, na Bahia. O 7º Gav operou inicialmente aeronaves Lockheed PV-1 Ventura e PV-2 Harpoon, recebendo em seguida os North American B-25J Mitchell. No dia 30 de dezembro de 1958 chegaram treze aviões Lockheed P-15 Netuno para formar um Grupo Anti-Submarino, iniciando suas operações em 1959 e voando até o dia 03 de setembro de 1976.
Atualmente a Força Aérea Brasileira tem quatro esquadrões de Patrulha, que compõem o 7º GAv, todos subordinados à Segunda Força Aérea (II Fae). O objetivo é realizar missões de esclarecimento e acompanhamento do tráfego marítimo no litoral brasileiro.
O Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAv - Esquadrão Orungan), sediado em Salvador, na Bahia, foi criado em 8 de novembro de 1947. O Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7ºGAv -Esquadrão Phoenix), com base em Florianópolis, em Santa Catarina, foi criado em 11 de setembro de 1981 e ativado em 15 de fevereiro de 1982. Já o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAv- Esquadrão Netuno), sediado em Belém (Pará) foi criado em 27 de setembro de 1990. Em 31 de julho de 1998, criou-se o Quarto Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (4º/7º GAv – Esquadrão Cardeal), baseado em Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Modernização e novos desafios
Os Esquadrões de Patrulha operam a aeronave Bandeirante. O primeiro Embraer EMB-111 Bandeirante Patrulha, designado P-95 na Força Aérea Brasileira, chegou à Base Aérea de Salvador no dia 10 de abril de 1978 sendo utilizado até hoje pelos quatro esquadrões. Para melhor cumprir a missão, as aeronaves P-95 estão sendo modernizadas proporcionando um "upgrade" operacional, com a inserção de modernos instrumentos embarcados, substituição do radar de busca de superfície e painel de controle dos pilotos totalmente digitalizado.
A recente descoberta da camada do pré-sal e de novas fontes de recursos submersos ao longo de nosso litoral vem transformando a aviação de patrulha em importante elo de defesa dessas riquezas naturais na costa brasileira. Atenta a esses novos desafios que surgem a FAB já está em fase de incorporar à patrulha aeronaves P-3 AM Orion, dotadas de aviônicos de primeira geração. 
“Da introdução da Guerra Eletrônica na FAB e de suas missões periféricas aos avanços nas áreas de altos estudos, com a criação das pós-graduações e do investimento em conhecimento de equipamentos, táticas e técnicas, a Patrulha ascendeu à posição de destaque, mormente sua importância estratégica enquanto se fala em novas descobertas relacionadas ao Pré-Sal, fonte de recursos naturais imprescindíveis para o futuro do país, localizada na imensidão do Oceano Atlântico”, ressalta o Tenente Brigadeiro do Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier, Comandante-Geral de Operações Aéreas.

Fontes(leia +) : Agência Força Aérea
                          http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=7157

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Esquadrão Puma realiza exercício de resgate no mar

O Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV), Esquadrão Puma, realizou, entre 15 a 25 de maio, o exercício operacional  de resgate no mar, denominado PABEFI XX, que se remete ao lema do Esquadrão em latim, “Pace Beloqve Fidelis”. Significa “Fiel na Paz e na Guerra”.

O objetivo da operação foi treinar resgate marítimo com a aeronave H-34 Super Puma. Foram realizadas 74 missões de resgates simulados de vítimas à deriva e de vítimas com lesão de coluna, em maca.

Os helicópteros decolavam da Base Aérea dos Afonsos BAAF, pela manhã, com destino a sede do Clube de Aeronáutica, em Figueira, na Região dos Lagos, e retornavam, ao final do dia, para pernoitar em sede. Os deslocamentos de ida e volta foram realizados, diariamente, em formatura tática, por dois helicópteros H-34 Super Puma. Durante todo o período do exercício, o esquadrão manteve suas atividades de rotina, tais como o alerta SAR (Search And Rescue) e o cumprimento de missões presidenciais.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

22 de abril - O mais longo dos dias da FAB na Segunda Guerra

“Em muitas ocasiões, como comandante do 350th Fighter Group, eu fui obrigado a mantê-los no chão quando insistiam em continuar voando, porque eu acreditava que eles já haviam ultrapassado os limites de sua resistência física.” As palavras são do Major General Nielsen, ex-comandante da unidade americana à qual os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) estavam subordinados na Itália.
O comentário faz parte do pedido para que o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) recebesse a Citação Presidencial Americana – apenas três unidades estrangeiras possuem a comenda. Os brasileiros entraram em combate no final de 1944 e participaram, no início do ano seguinte, da ofensiva de primavera – um grande esforço aliado para acabar com o conflito na Europa. Ao mesmo tempo em que conquistavam resultados expressivos, o Grupo de Caça perdia em média três pilotos por mês – média igual à da Força Aérea Americana (USAF), incluindo pilotos abatidos e mortos, desaparecidos e capturados.

Às vésperas do dia 22 de abril, os pilotos brasileiros tiveram de tomar uma importante decisão diante das sucessivas baixas: o 1º Grupo de Caça deixaria de existir, com seus pilotos e mecânicos distribuídos nos demais esquadrões aliados, ou continuariam lutando, com um número maior de voos por dia, arriscando mais a vida, mas como uma unidade brasileira. “Só quem esteve em combate sabe o que é voar mais de uma missão no mesmo dia”, recorda o Major-Brigadeiro-do-Ar Rui Moreira Lima, veterano do Grupo de Caça e autor do livro “Senta a Púa!”. Decidiram lutar mais.
No dia 22 de abril de 1945,num único dia, os pilotos da FAB realizaram 11 missões, na data que simboliza a Aviação de Caça Brasileira.Voaram duas, até três vezes, em intervalos de poucas horas,sob fogo inimigo e enfrentando grande desgaste físico – um piloto perdia dois quilos em uma missão de duas horas de duração.
Engana-se quem pensa que o esforço acabou ali. Por mais três dias, os pilotos brasileiros voaram dez missões diárias. O 22 de abril é até hoje o Dia da Aviação de Caça.
Fonte: Agência Força Aérea

Fonte:http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=7035